domingo, 19 de julho de 2009

Barry Sanders


Barry Sanders é tido nos EUA, não só como um dos melhores jogadores de todos os tempos do futebol americano, mas talvez como o jogador que oferecia o maior espetáculo ao torcedor em toda a história do esporte.

Ele foi um dos primeiros jogadores de futebol americano que realmente me chamaram a atenção. Imagine Pelé, ou Garrincha com toda sua habilidade e ginga, de capacete e ombreiras, carregando uma bola oval em direção à zona de touchdown. Esse era Barry Sanders. Eu até poderia dizer que ele praticava o verdadeiro futebol americano-arte, o futebol americano moleque hahahahahhaha Mas sério, se essas expressões um dia realmente fossem utilizadas nos registros da NFL, pode ter certeza que seriam para definir o jogo de Barry Sanders, um dos atletas profissionais mais espetaculares, e empolgantes que já existiram.

Ele era um running-back, dono de um estilo de jogo único. Possuidor de rara habilidade e explosão física só equiparados a agilidade com a qual reagia aos movimentos da defesa, ele era o verdadeiro pesadelo dos jogadores defensivos do time adversário. Era simplesmente imprevisível, e capaz de se desvincilhar de situações em que outros jogadores mesmo entre os mais capacitados, não seriam bem-sucedidos.

Vendo um vídeo de Sanders, me surpreendeu o depoimento de um jogador de defesa adversário, relatando que para preparar o time para tentar contar o camisa 20 do Lions, o coordenador defensivo, fazia o time treinar tentando pegar uma galinha! Sim, isso parece absurdo, principalmente dos paramêtros altamente profissionais do esporte de elite, mas talvez apenas assim, os rivais encontrassem algo minimamente similar à imprevisibilidade e a elusividade com as quais Barry corria com a bola. Deveria ser engraçado ver os grandalhões correndo atrás de uma galinha em campo... mas pensando bem, o que Sanders fazia com as defesas talvez fosse ainda mais contrangedor...

Ele jogou toda a sua carreira pelo time de Detroit, e foi muito criticado por não ser capaz de levar seu time a voos mais altos, apesar de todo seu sucesso individual. Bom, isso pode ser facilmente rebatido, caso façamos uma análise da qualidade dos companheiros de equipe de Sanders, em especial, aqueles que teoricamente deveriam facilitar seu trabalho.

Com aquele tipo de proteção e bloqueio, que seus colegas ofereciam, ele não tinha nenhuma alternativa a não ser utilizar toda sua habilidade, velocidade e garra para conquistar casa mísera jarda que seu time avançava em campo. E caramba...como ele fazia isso! Foram cerca de 15.269 jardas em 10 anos de carreira.

Sua aposentadoria precoce em 98 foi um choque para os fãs, pois ele vinha de uma suas melhores temporadas e não possuía nenhum problema físico grave. Além disso, ele estava muito próximo de bater o recorde de jardas corridas, que era do grande Walter Payton, e certamente seria capaz de atingir a marca, se jogasse mais uma temporada.

No entanto sua justificativa, foi de que não poderia jogar apenas pelo recorde, não poderia apenas jogar por jogar. Disse que jogar futebol era sua paixão, e no momento em que isso mudou, que seu espírito de competidor lhe foi tirado, não fazia mais sentido continuar atuando.

Em reconhecimento a sua contribuição ao esporte, em 2004, ele foi introduzido no Hall da Fama do futebol. Além de fazer parte do time ideal da década de 90, selecionado por cronistas esportivos, é constantemente lembrado como um dos melhores running-backs da história da NFL.

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